O Triângulo Mineiro possui uma das maiores riquezas culturais do nosso país. É uma região
riquíssima em acervos culturais públicos e particulares. Os acervos das estruturas arquitetonicas merecem destaque em várias
cidades da região. Estrela do Sul, antiga Bagagem, possui um dos maiores acervos arquitetônicos de estilos coloniais de Minas
Gerais e do Brasil. O município com poucos recursos luta para não ver seu importante acervo destruído. Quero destacar aqui
a atuação do Ministério Público na pessoa do Promotor André Luis, que luta incansavelmente pela preservação do patrimônio
histórico da cidade. No Pontal do Triângulo chega-se à Cachoeira Dourada, cidade pequena de pouco mais de 1.500 habitantes,
mas porém, com um potencial turístico muito grande. Em Cachoeira Dourada existem vários sítios arqueológicos, que merecem
atenção especial das autoridades competentes, pois a cada ano os artefatos indígenas vão se perdendo. São milhares de cacos
cerâmicos espalhados por diversas fazendas. Muitas machadinhas foram ali encontradas. Um cachimbo indígena, trabalhado em
baixo relevo foi ali encontrado por um pescador da região. Várias panelas indígenas, roda de fuso e outros artefatos constituem
a riqueza arqueológica da cidade. Infelizmente não há uma política de pesquisas científicas desses bens. Pelos achados arqueológicos
da região conclui-se que, foram tantas nações indígenas que habitarem o Triângulo Mineiro, que faz pena não termos uma política
para resgatar a nossa pré-história. As outras cidades do Pontal do Triângulo como Santa Vitória e Ituiutaba, também são
ricas em sítios arqueológicos e belezas naturais e paisagísticas das Serras. Cada Serra mostra uma beleza própria, que faz
o visitante descobrir e ver as riquezas escondidas desse nosso país. Sao muitos os sitios espeleológicos, desconhecidos, que
guardam verdadeiras belezas, raras, e que podem ser traduzidas em desenvolvimento turístico. Fugindo um pouquinho do Triângulo,
chega-se em Ibiá, que faz parte do Planalto de Araxá, cidade histórica, com verdadeiros casarões, que encantam os visitantes.
A cidade possui, na Casa da Cultura, verdadeiro tesouro de peças arqueológicas, como igaçabas, machadinhas de diversas espécies,
esqueletos indígenas, pontas de flecha e vários outros. A cidade luta, na pessoa de Anderson Henrique, Cebion, para manter
os seus bens culturais protegidos. Também, im Ibiá, esta localizado o local onde foi o Quilombo do Ambrósio, o mais importante
Quilombo de Minas Gerais. Já está na hora de nossas escolas e Universidades trabalharem na história deste quilombo. A nossa
história precisa ser valorizada. São tantas riquezas culturais, que uma página é pouca para poder me expressar. Em
breve continuarei a falar mais de nossas riquezas. Houve um avanço na proteção do Patrimônio
Arqueológico no Pontal do Triângulo Mineiro com uma pesquisa arqueológica realizada pelo Dr. Marcelo Fagundes, em Ituiutaba
no ano de 2009, promovida pela Fundação Cultural de Ituiutaba, onde foram identificados mais de 38 sítios ao longo do Rio
Tijuco e Região do São Lourenço e outra pesquisa arqueológica, pelo mesmo arqueólogo Dr. Marcelo Fagundes, realizada no ano
de 2011 em convênio celebrado entre o Município de Cachoeira Dourada - MG e a UFVJM (Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha
e Mucuri), identificando mais de 18 sítios arqueológicos ao longo do Rio Paranaíba, alguns com cacos cerâmicos datados em
aproximadamente 500 anos A.P.
Artefatos arqueológicos encontrados na região de Ibiá-MG
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