A HISTÓRIA DE UM MONSTRO QUE NUNCA EXISTIU
A imprensa de todo o país noticiou com destaques diários durante os meses de março a abril de 1972 sobre a existência
de um criminoso sanguinário, que percorria a região do pontal do triângulo mineiro.
As vítimas eram abatidas com requintes de crueldade, através de armas de fogo ou de foice. Com a mesma violência o "Monstro
do Triângulo" sacrificava igualmente animais das fazendas da região, difundindo o terror no seio das populações rurais. Os
trabalhadores abandonaram suas lavouras, acarretando graves prejuízos de ordem social e econômica, ameaçando a própria sagra
do período 71/72.
Após Exaustiva campanha militar que movimentou centenas de policiais de elite, especialmente formados em técnicas de
guerrilha, auxiliados por cães amestrados e equipamentos modernos de intercomunicação, foi apresentado pela polícia, como
o "monstro" um jovem de 25 anos, de cor negra, estatura baixa, compleição franzina, com sintomas de debilidade mental, identificado
como Orlando Sabino.
Segundo o Livro "OPERAÇÃO ANTI-GUERRILHA - O QUARTO PODER" do escritor Joaquim Borges, após seis meses da prisão de Orlando
Sabino apareceram fatos novos, que indicavam uma reviravolta no caso.
Teria sido uma situação fabricada pelos órgãos de segurança do Estado com a finalidade de repressão política ?
Ou seria mais um caso de histerismo coletivo, ou ainda, de mistificação ou exagero de imprensa ?
As provas apresentadas no livro deixarão uma inquestionável evidência: Orlando Sabino é inocente e estava internado num
manicômio oficial apenas como bode expiatório. Houve uma chacina de verdade. E os verdadeiros culpados ficaram soltos.